Um conto sobre Ametista
Dionísio bebia para derrotar a sobriedade e todo o tédio que ele trazia junto de si.
Ainda assim, nem isso estava conseguindo preencher o estado de apatia que sentia naquela manhã.
Até que algo capturou a sua vista…
Era a bela jovem Ametista, que caminhava em direção ao templo de Artemis - deusa da castidade e pureza. Encantado pela beleza da jovem mortal, Dionísio ficou espiando os contornos da bela moça, enquanto bebia seu vinho…
Já não sentia tédio, agora era algo diferente que preenchia seu corpo. Deu mais um gole de seu cálice, e cambaleando entrou no templo.
Ametista prestava homenagem a deusa e realizava suas preces…
…Quando Dionísio, tomado por um desejo incontrolável, pulou sobre seu corpo e forçou-se para dentro da moça. O cheiro de vinho doce tomou conta do lugar. Ametista desesperada, se debatia inutilmente, tentando impedir os avanços do deus.
Quanto mais Ametista resistia, mais Dionísio se enfurecia e a desejava.
Num último suspiro, ela suplicou a intervenção da sua deusa, a quem viera prestar culto. Artemis num ato impulsivo, para proteger a castidade da sua fiel ou talvez por ciúmes - nunca saberemos, transformou a jovem em uma pedra de quartzo branco. A pureza de Ametista foi preservada, mas a custo de sua vida.
Dionísio, vendo o que seu impulso incontrolável havia feito, tombou de joelhos diante do objeto de sua perdição e chorou lágrimas púrpuras em remorso… …Colorindo de roxo a tragédia que ele causou.
Moral da história:
A Ametista, personificada na jovem Ametista da história, reflete o simbolismo filosófico da luta entre o desejo desenfreado e a busca pela pureza interior. A figura de Dionísio, deus do vinho e dos excessos, representa a busca incessante pela satisfação imediata e a fuga da sobriedade, simbolizando os impulsos humanos.

A apatia e o tédio que Dionísio sentia antes de encontrar Ametista representam a insatisfação que muitas vezes experimentamos quando tentamos preencher nossas vidas com prazeres efêmeros. A beleza da jovem mortal despertou nele um desejo incontrolável, que simboliza a tentação e os desafios que enfrentamos na busca por autocontrole e moderação.

A resistência de Ametista e seus esforços para impedir os avanços de Dionísio simbolizam a luta interior que todos enfrentamos ao resistir aos impulsos e às tentações que podem nos levar ao sofrimento. Sua suplicação a Artemis, deusa da castidade e pureza, representa a busca por orientação espiritual e proteção em momentos de fraqueza.

A transformação de Ametista em uma pedra de quartzo branco pelas mãos de Artemis é um ato de purificação espiritual, simbolizando a preservação da pureza interior a qualquer custo. Dionísio, por outro lado, experimenta um profundo remorso, personificando o arrependimento e a busca por redenção.

Portanto, a Ametista, representada pela história da jovem Ametista, nos convida a refletir sobre a importância da moderação, do autocontrole e da busca pela pureza interior. Ela é um lembrete de que, mesmo diante das tentações e impulsos desenfreados da vida, podemos encontrar a clareza espiritual e a paz interior, colorindo nossa jornada com a sabedoria que emerge da superação dos desafios.

O Citrino, derivado do latim "Citrinus," é uma gema que remonta à antiguidade, onde era chamada de "pedra solar" devido à crença de que tinha o poder de absorver a luz e as propriedades do sol. Sua cor cintilante e dourada a fez notável entre os mercadores romanos, frequentemente associando-a ao ouro e, assim, originando lendas que afirmavam suas habilidades de melhorar a comunicação e atrair riqueza.

Na mitologia, o Citrino se tornou a pedra associada ao deus Hermes, conhecido como Mercúrio na mitologia romana, o mensageiro dos deuses. Essa conexão mitológica enriqueceu ainda mais o simbolismo do Citrino. Assim como Hermes era ágil, eloquente e dotado de habilidades de comunicação, o Citrino é visto como um canal para a expressão criativa e eficaz. Sua cor dourada e brilhante evoca a energia solar, representando calor, vitalidade e entusiasmo.

O Citrino é um convite para abraçar a luz, a alegria e a abundância na vida. Ele inspira confiança, estimula a clareza mental e a criatividade. A pedra é um símbolo de otimismo e sucesso, lembrando-nos da importância da comunicação eficaz e do fluxo de energia positiva. Como a pedra do mensageiro dos deuses, o Citrino nos ajuda a transmitir nossos pensamentos e intenções com clareza e entusiasmo, enquanto a luz do sol ilumina nosso caminho para a prosperidade e realização pessoal.

A Turmalina Rosa, conhecida por seu nome derivado das palavras cingalesas "tura mali," que significam "pedras preciosas desconhecidas de cores misturadas," possui uma rica história mitológica e um simbolismo filosófico que evoca uma profunda conexão com a cura emocional, criatividade e amor. Sua história e significado podem ser explorados da seguinte maneira:


A origem mitológica da Turmalina Rosa é envolta em lendas e tradições que remontam a séculos. No antigo Egito, acredita-se que a Turmalina adquiriu suas diversas cores durante uma jornada mítica ao longo de um arco-íris, viajando da terra ao sol. Esse conto mitológico atribui à Turmalina a ampla gama de cores que a pedra apresenta.

A Turmalina Rosa é um símbolo de cura emocional e equilíbrio. Sua cor rosa suave está intrinsecamente ligada ao amor, compaixão e criatividade. A pedra convida as pessoas a explorarem seu próprio mundo interior, promovendo o amor-próprio e a harmonia nas relações. Ela é vista como uma pedra de cura emocional que fortalece a mente e o espírito.

Além disso, a Turmalina Rosa é frequentemente associada à criatividade. Escritores, artistas e atores buscavam a pedra para inspiração artística e expressão estética. Acredita-se que ela amplia a intuição e a criatividade, ajudando as pessoas a se conectarem mais profundamente com sua expressão artística.

Essa gema preciosa foi altamente desejada por realezas, especialmente pela última imperatriz da China, que se apaixonou pelas Turmalinas Rosas. A pedra era vista como um símbolo de amor e requinte.

Em resumo, a Turmalina Rosa é mais do que uma pedra preciosa; é um lembrete constante de que o amor, a criatividade e a cura emocional estão intrinsecamente ligados. Ela nos convida a explorar nossas emoções mais profundas e a nutrir relacionamentos com amor e compaixão, ao mesmo tempo em que estimula a criatividade e a expressão artística. É uma gema que nos conecta com a beleza do amor e da autoexpressão.

A Turquesa, com sua tonalidade distintamente azul-verde, é uma gema que transcende eras e culturas. Sua origem mitológica é permeada de reverência, e seu simbolismo filosófico abrange temas de conexão espiritual, pureza e proteção. Mergulhemos na história dessa gema e suas ligações com mitos e mensagens profundas.

A Turquesa é uma das pedras mais antigas e reverenciadas do mundo, e sua história remonta a civilizações antigas que acreditavam que a pedra estava de alguma forma ligada ao divino. As tribos nativas americanas, em particular, viam-na como um portal para o céu, um canal que conectava o mundo terreno ao mundo espiritual. Os xamãs nativos americanos usavam a Turquesa para canalizar energias cósmicas curativas.

Os gregos da antiguidade associavam a Turquesa à pureza e frequentemente a usavam como amuleto. Na Pérsia e na Turquia, essa gema era valorizada por suas propriedades protetoras e decorava muitas obras de arte da época. Ao longo da história, a Turquesa se manteve como um símbolo de sabedoria, tranquilidade e proteção.

Podemos traçar paralelos entre a Turquesa e a lenda grega de Aquiles. A mãe de Aquiles, Tétis, era uma nereida, uma ninfa do mar. Ela mergulhou seu filho na água do Rio Estige, tornando-o invulnerável, exceto por seu calcanhar, onde ela o segurava. O rio Estige representava uma conexão entre os reinos mortal e divino.

Da mesma forma, a Turquesa pode ser vista como um elo entre o mundo físico e o espiritual. Ela nos recorda que, como Aquiles, todos nós somos vulneráveis em algum aspecto, mas, ao nos conectarmos com as energias espirituais da Turquesa, podemos fortalecer nossa jornada terrena.

Assim como Tétis usou o poder das águas divinas para proteger Aquiles, a Turquesa é vista como um amuleto protetor em muitas culturas. Ela nos ajuda a encontrar força e proteção em nossa vulnerabilidade, à semelhança da mãe de Aquiles.

Além disso, a cor da Turquesa, que mescla tons de azul e verde, simboliza a conexão entre a Terra e o céu, como o rio Estige. Ela nos convida a encontrar equilíbrio, tranquilidade e sabedoria espiritual em nossas vidas, assim como Aquiles buscou a imortalidade.

Portanto, a Turquesa é uma janela para o divino e um lembrete de que, assim como Aquiles, nossa conexão com o sagrado pode nos proteger e guiar em nossa jornada terrena. Ela nos ensina a encontrar paz, pureza e proteção, à medida que exploramos os reinos terrenos e espirituais, honrando nossa própria vulnerabilidade.